Fratura da patela: formas de ocorrência, sintomas e tratamentos

Localizada na parte da frente do joelho, a patela é um osso também chamado de “rótula”. Apresenta bordas arredondadas e aspecto de um triângulo invertido. No polo superior deste osso, o tendão do quadríceps é inserido. Já o ligamento patelar é iniciado no polo inferior. Tais estruturas são formadoras do mecanismo extensor do joelho. Vale ressaltar que a extensão de joelho é feita por meio dessas estruturas.

Levando-se em consideração as lesões esqueléticas, as fraturas patelares representam 1% das ocorrências. É importante destacar que trata-se de um tipo de fratura mais frequente em jovens. Além disso, os homens costumam ser os mais afetados.

Patela: Saiba qual a importância deste osso para o organismo

A patela tem a propriedade de conferir proteção à porção anterior do joelho. Uma outra função deste osso é tornar o movimento de extensão mais facilitado, já que potencializa a força de movimentação em aproximadamente 60%. Quando há perda da patela, ocorre consequente diminuição da força para realizar tal movimento.

Veja de que formas a fratura da patela pode ocorrer

A fratura patelar decorre sempre de algum trauma, seja de natureza direta ou indireta. Em se tratando de trauma direto, trata-se de uma ocorrência em que algum impacto é realizado diretamente sobre este osso. Essa dinâmica costuma acontecer em acidentes automobilísticos e em agressões.

O trauma indireto, por sua vez, ocorre sem que haja nenhum impacto diretamente sobre o osso. Nesse caso, costuma acontecer em decorrência de ações como saltos ou tropeços, em que o mecanismo extensor sofre sobrecarga.

O que o paciente com fratura de patela pode sentir

Dor, inchaço e o fato do paciente não conseguir apoiar o peso do corpo e esticar o joelho são os principais sintomas. A fratura também pode implicar no desenvolvimento de derrame articular.

Quando da palpação do joelho, pode ser possível a detecção de fragmentos ósseos. Em determinados casos, contudo, ocorre fratura exposta, representando quadros mais graves de fratura patelar.

Veja como o diagnóstico de fraturas patelares é feito

Assim como ocorre em outros tipos de fraturas, há a realização de exame físico, bem como da abordagem da história clínica do paciente. Exames de imagem também são importantes para o diagnóstico e elaboração da conduta médica de tratamento.

Dessa forma, poderão ser realizadas radiografias e tomografias para se avaliar o padrão presente em cada caso.

Conheça os tipos de fratura da patela existentes

Existem dois critérios para classificação da gravidade da fratura patelar. No primeiro deles, o médico verificará se há fraturas expostas ou lesões graves em partes moles. O segundo critério é baseado no padrão apresentado na fratura.

No que diz respeito ao padrão de cada fratura, há a observação da existência de desvio de fragmentos. Nesse caso, o afastamento expressivo dos fragmentos implicará em um tratamento de maior complexidade.

Outro parâmetro considerado é o chamado “traço da fratura”, que diz respeito ao formato apresentado, podendo ser multifragmentada, em estrela ou transversa.

As técnicas empregadas para tratamento da fratura

Conforme a natureza da fratura patelar, o tratamento poderá ser conservador (sem cirurgia) ou cirúrgico. Saiba mais a seguir:

Tratamento corservador: Para que casos de fratura é indicado

Costuma ser recomendado para fraturas fechadas, com desvio inferior a 2 mm, que apresentem o mecanismo extensor íntegro e que não ocorram simultaneamente a outras fraturas.

O tratamento conservador é baseado na imobilização do joelho, com tala gessada, entre 4 e 6 semanas. Tão logo o indivíduo comece a caminhar, o médico solicitará radiografias a fim de avaliar a efetividade do tratamento. Caso haja deslocamento, o tratamento cirúrgico poderá ser recomendado.

Confira como é o tratamento cirúrgico:

Em alguns casos, poderá ser preciso combinar técnicas cirúrgicas diferentes. O principal modo de tratamento cirúrgico compreende o emprego de fios, parafusos e placas. Há casos, contudo, em que se verifica a necessidade de realização de patelectomia, realizando-se a ressecção de fragmentos e a posterior reinserção do tendão patelar através do osso.