Meniscectomia: Conheça os principais detalhes desta cirurgia
A meniscectomia é um procedimento cirúrgico, de natureza minimamente invasiva em que parte do menisco é removida através de artroscopia. Apresentando funções diversas, os meniscos estão localizados na articulação do joelho, entre o fêmur e a tíbia.
A ocorrência de lesões nessas estruturas é algo bastante comum, podendo comprometer a amplitude de movimento do membro, bem como o cotidiano do indivíduo. Vale salientar que os meniscos atuam como amortecedores dos joelhos, uma vez que absorvem impactos e distribuem suas cargas.
Lesões agudas e traumáticas são mais frequentemente observadas em indivíduos que praticam atividade física e são jovens. Já as lesões meniscais degenerativas ocorrem mais em pessoas idosas.
Índice
Meniscectomia: Entenda como este procedimento é feito
Na atualidade, a cirurgia é feita, na maioria das vezes, por meio de artroscopia de joelho.
Em determinados casos de sutura de menisco, pode ser necessária a abertura de vias mediais e laterais no joelho. Estas, por sua vez, costumam apresentar no máximo 3 dedos de comprimento, conforme a técnica de reparo escolhida pelo médico.
De que maneira a cirurgia é realizada
Por meio de duas pequenas incisões realizadas na parte anterior do joelho, é feita a inserção de pinças especiais, possibilitando a retirada somente da porção lesionada.
Grande parte dos especialistas atua para preservar o menisco do paciente lesionado, uma vez que, a longo prazo, a cirurgia de meniscectomia pode contribuir para o desenvolvimento de osteoartrite nesta região. Em determinados casos, entretanto, a principal recomendação é a meniscectomia.
Nos dias atuais, em face da orientação de preservação do menisco, a técnica de meniscectomia é mais comumente chamada de “meniscoplastia”, já que somente uma mínima porção meniscal é retirada. Com isso, busca-se reduzir o número de complicações ao longo do tempo. Além disso, essa abordagem possibilita com que o indivíduo retorne às atividades normais mais rapidamente.
Dessa forma, a meniscectomia parcial é uma cirurgia voltada a remover a área lesionada, promovendo alívio da dor na região, bem como a liberação da articulação a fim de proporcionar a devida mobilidade. Nesse caso, a artroscopia também é empregada, fazendo com que o paciente consiga se recuperar mais rapidamente semanas após a cirurgia.
Como geralmente é composto o grupo de risco para meniscectomia
Algumas condições e características podem indicar uma maior predisposição a este tipo de lesão, fazendo com que seja necessária a realização de meniscectomia. Confira:
- Obesidade: Nesse caso, o maior risco se dá em face da sobrecarga aplicada sobre os joelhos;
- Avançar da idade: Com o transcorrer dos anos, ocorre maior desgaste dos meniscos, tornando tais estruturas mais fragilizadas e propensas a lesões;
- Condições clínicas: Doenças como gota e artrite tendem a fazer com que as lesões meniscais se desenvolvam;
- Profissão: Determinados trabalhos demandam muitas ações repetitivas dos joelhos, como no caso de atletas e pessoas que trabalham na construção civil.
É imprescindível que o paciente seja avaliado por um ortopedista, que determinará se é possível seguir com o tratamento conservador ou se há a necessidade de meniscectomia.
Para avaliação das dimensões da lesão, o médico poderá solicitar exames de imagem, sendo a ressonância o mais solicitado. Além disso, os sintomas referidos e outros aspectos físicos poderão ser avaliados pelo especialista.
O emprego da sutura do menisco para tratar a lesão
Este procedimento é realizado com o objetivo de promover a cicatrização do menisco lesionado. Em muitos casos, a sutura poderá ser realizada por artroscopia. Já em outros, faz-se necessário o emprego de outras vias cirúrgicas.
Através dos chamados “portais”, que são incisões de aproximadamente 1 cm na parte da frente do joelho, é feita a inserção de pinças específicas com o objetivo de dar pontos na estrutura lesionada.
Há casos, contudo, em que o menisco apresenta expressiva degeneração, de forma que sua reparação se mostra inviável. Quando da realização da sutura meniscal, é importante destacar que o pós-operatório imediato é mais restritivo ao paciente.
De que forma o pós-operatório pode ocorrer
O prazo para que o paciente possa voltar a caminhar dependerá da existência ou não de outras lesões, bem como da técnica empregada para seu tratamento. Quando a meniscectomia simples é realizada, há liberação de carga total após o procedimento cirúrgico. Nesse caso, deverá utilizar muletas por até 2 semanas, já que precisa recuperar o controle ideal do quadríceps.
Em se tratando de sutura do menisco, a recuperação poderá ocorrer em até 6 semanas. O paciente deverá ter restrição de carga, assim como de flexão do joelho e fazer uso de braces.
Caso o paciente dirija, é importante pontuar que, se tiver passado por cirurgia no joelho esquerdo, poderá conduzir carros automáticos normalmente. Se a cirurgia tiver sido realizada no joelho direito, ou o paciente for dirigir carros manuais, será necessário aguardar até 6 semanas.
No que diz respeito ao trabalho, o paciente poderá retomar suas atividades em até 2 semanas depois da cirurgia, se trabalhar em escritórios, por exemplo. Os pacientes cujos trabalhos demandam força física, deverão aguardar mais tempo, conforme orientações do médico.
O prazo para retorno às atividades físicas costuma ser de até 4 semanas para casos de meniscectomia. Se o procedimento realizado for a sutura de menisco, este prazo poderá ser de até 6 meses.
Para que casos a meniscectomia é um procedimento indicado
O tratamento para ruptura de menisco nem sempre é cirúrgico. Em geral, a primeira linha de tratamento para este tipo de lesão costuma ser conservador, com aplicação de gelo, elevação do membro, compressão e repouso. Caso não surta o efeito esperado, a meniscectomia poderá ser recomendada pelo médico.
A opção pela meniscectomia se dá em face da lesão ocasionar dores, desconforto e outras ocorrências que levem ao travamento do joelho.
O médico levará em conta em que condições o joelho em questão se encontra, a faixa etária do paciente e a existência de degenerações ou outras lesões.
Desse modo, a cirurgia será recomendada pelo médico com o intuito de restabelecer a mobilidade do joelho comprometido, fazendo com que o paciente retome sua qualidade de vida.
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