Conheça as principais lesões que afetam o joelho: causas, sintomas, exames, tratamentos e quando a cirurgia é indicada. Conteúdos preparados por um ortopedista especialista em joelho.

 

 

Lesão muscular posterior da coxa é muito comum em praticantes de atividades físicas intensas, que também é conhecida como “distensão muscular”. Este tipo de lesão acontece quando os músculos da parte posterior da coxa ficam distendidos mais do que a força muscular é capaz de suportar. Leia mais

As lesões meniscais, também chamadas de “roturas meniscais”, são potencialmente dolorosas e incômodas, de forma que acontecem com grande frequência. É comum que o paciente lesionado refira dor, instabilidade e dificuldades de locomoção. Em contrapartida, alguns casos, as lesões podem ser assintomáticas.
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Esportes de contato estão entre as causas mais comuns de lesões no ligamento colateral medial do joelho (LCM), estrutura mais conhecida pela sigla “LCM”. Vale destacar que, dentre as lesões ligamentares que tal região pode apresentar, este representa justamente o ligamento com maior incidência de acometimento.

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Ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das estruturas do joelho que apresenta maior incidência de rupturas. Aqueles que praticam esportes de alto impacto são os mais propensos a sofrer esse tipo de lesão. Leia mais

Cisto no joelho é uma condição que pode causar inchaço, dor e sensação de pressão na parte de trás da perna. Embora seja muitas vezes benigno, pode afetar a mobilidade e gerar dúvidas em quem sente o joelho “inchado” ou com um volume anormal. Neste artigo, vamos explicar o que pode ser esse cisto, quando ele exige atenção médica e quais são os principais tratamentos.
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Entorse no joelho é uma lesão comum que ocorre quando os ligamentos da articulação sofrem uma torção ou estiramento, geralmente após uma queda ou movimento brusco. É frequente em esportistas, mas também pode acontecer em atividades simples do dia a dia, como uma caminhada em terreno irregular.
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Tendinite patelar é considerada uma das lesões por esforço repetitivo mais frequentes, estima-se que esta condição atinja cerca de 30% dos praticantes de atividades físicas de alto rendimento. Leia mais

A luxação patelar ocorre quando a patela (osso localizado na frente do joelho) se desloca de sua posição natural no sulco troclear. É a forma mais comum de luxação no joelho em atendimentos ortopédicos.

Quando acontece pela primeira vez, é chamada de luxação patelar primária. Já nos casos recorrentes, recebe o nome de luxação recidivante da patela. A definição correta é importante porque o tratamento pode variar conforme o tipo e a frequência do deslocamento.

A patela está situada entre o tendão patelar (abaixo) e o tendão do quadríceps (acima), sendo fundamental para o mecanismo de extensão do joelho.

Tipos de luxação na patela

Existem duas principais formas de luxação:

  • Luxação traumática da patela: resultado de impacto direto, como em pancadas no joelho durante esportes (por exemplo, futebol). A patela é empurrada para fora do sulco, causando deslocamento completo.
  • Instabilidade patelar crônica: ocorre devido a fatores anatômicos, como alterações no alinhamento ou na formação óssea, que tornam o joelho mais suscetível ao deslocamento, mesmo sem trauma direto.

Causas da luxação patelar

A luxação da patela pode ser desencadeada por:

  • Movimentos bruscos ou mudanças rápidas na direção durante esportes.
  • Entorses no joelho e traumas diretos.
  • Fatores anatômicos congênitos (como displasia troclear).
  • Obesidade e sedentarismo.
  • Excesso de peso ou posturas prolongadas com sobrecarga nos joelhos.

A patela atua na proteção do joelho e no movimento de dobrar e esticar a perna. Por isso, o equilíbrio muscular e a biomecânica adequada são fundamentais para prevenir instabilidades.

Veja também: Condromalácia patelar: o que é, sintomas e tratamentos

 

Deslocamento lateral da patela quando há instabilidade ou luxação

Deslocamento lateral da patela quando há instabilidade ou luxação

Sintomas da luxação na patela

  • Dor intensa, inchaço e vermelhidão.
  • Impossibilidade de movimentar o joelho.
  • Sensação de que a patela “saiu do lugar”.
  • Em casos recorrentes, o paciente pode sentir a patela instável, mesmo sem deslocamento completo.
  • Em alguns episódios, a patela retorna sozinha para o lugar.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por um ortopedista com base em:

  • Exame físico e histórico clínico
  • Exames de imagem, como:
    • Radiografia
    • Tomografia
    • Ressonância magnética
    • Ultrassonografia (em casos específicos)

O médico avalia a estabilidade da articulação e o alinhamento da patela, além de investigar lesões associadas, como cartilagem ou ligamentos.

Tratamento da luxação patelar

Tratamento conservador (sem cirurgia)

Recomendado para casos leves ou na primeira luxação:

  • Imobilização temporária.
  • Fisioterapia para fortalecimento muscular.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios.
  • Reeducação postural e correção biomecânica.

O objetivo é promover a cicatrização do ligamento patelofemoral medial (LPFM) e evitar novos episódios.

Tratamento cirúrgico

Indicado em casos de:

  • Luxações recidivantes
  • Comprometimento do LPFM
  • Lesões osteocondrais ou da cartilagem
  • Deformidades anatômicas

Tipos de cirurgia:

  • Reconstrução do LPFM: utiliza-se um enxerto (geralmente do tendão semitendíneo ou grácil) para reconstituir o ligamento danificado.
  • Osteotomia da tuberosidade anterior da tíbia: reposiciona a inserção do tendão patelar, realinhando a patela.
  • Liberação lateral (release): reduz a tensão excessiva no lado externo da patela.
  • Trocleoplastia: remodela o sulco troclear quando há displasia acentuada.

Recuperação após cirurgia

  • Uso de muletas e imobilização nos primeiros dias.
  • Fisioterapia progressiva para recuperar a mobilidade e o controle muscular do quadril, coxa e tronco.
  • Retorno gradual às atividades, com foco no fortalecimento muscular.
  • Em lesões graves, o retorno ao esporte pode levar de 6 a 9 meses.

Como prevenir a luxação patelar

  • Fortalecer a musculatura da coxa e quadril.
  • Praticar exercícios como caminhada, bicicleta ergométrica e musculação leve.
  • Corrigir desequilíbrios posturais.
  • Evitar sobrecargas em atividades de impacto.

Referência científica

Atualização em instabilidade patelar — Revista Brasileira de Ortopedia (RBO)

A bursite é uma condição inflamatória da bursa, que é uma espécie de bolsa com líquido sinovial, localizada entre os ossos e músculos, ligamentos e tendões. A inflamação da bursa costuma ser provocada pelo atrito constante dessas articulações, causando dores e edemas nas regiões logo abaixo e atrás do joelho.

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O que é o derrame articular no joelho

A maioria das articulações do corpo humano são envoltas por uma cápsula chamada cápsula sinovial, a qual é revestida em seu interior por uma membrana que, entre outras funções, é a responsável pela produção do líquido sinovial. Esse líquido de aspecto viscoso tem como objetivo lubrificar as estruturas articulares e reduzir o atrito constante entre elas.

Em uma articulação saudável, a quantidade de líquido sinovial varia entre 2 e 3,5 ml. O derrame articular no joelho, que também é chamado popularmente de “água no joelho”, é uma condição em que há um acúmulo desse líquido na articulação, o que aumenta o seu volume para 20, 50 e, em alguns casos, até 100 ml.
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